Pilotar um avião sem instrumentos de navegação, velejar em alto-mar sem uma bússola, dirigir por uma estrada desconhecida sem mapa ou GPS. Assim é administrar uma empresa sem acompanhar o fluxo de caixa.
Mas se poucos se arriscariam a entrar em furadas como as descritas acima, muitos empreendedores cometem o erro de não cuidar do fluxo de caixa.
Apesar de ser extremamente importante para a gestão financeira de uma empresa, a tarefa não agrada muito, pois demanda muita dedicação e disciplina. Por isso, acaba sendo deixada de lado, algumas vezes, ou feita sem a devida atenção.
O que é o fluxo de caixa e como ele pode me ajudar
Para entender a importância desse instrumento financeiro, vamos começar pela definição. O fluxo de caixa é um controle, geralmente,
feito em planilha ou software financeiro para contabilizar todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa.
“É uma das principais ferramentas financeiras que uma empresa precisa utilizar para entender como é o ciclo de pagamentos e recebimentos”, explica Márcio Iavelberg, sócio da Blue Numbers, consultoria de finanças para pequenas e médias empresas e especialista do Impulso Digital.
Segundo Iavelberg, além de registrar o que entra e sai do caixa, é preciso entender o fluxo de caixa para usá-lo em seu favor. Isso significa saber interpretar os números que estão ali e perceber que eles representam uma situação real que está acontecendo na sua empresa.
“Os números revelam se tem algum período durante a semana, mês ou ano em que a empresa passará aperto de caixa ou se terá sobra e poderá se beneficiar com investimentos, compra de produtos em maior quantidade para obter descontos”, exemplifica o consultor.
Os segredos do fluxo de caixa perfeito
Convencido de que o fluxo de caixa é o melhor amigo do seu negócio? Então vamos ver as dicas que o Márcio separou para você caprichar na planilha e obter os melhores resultados.
1. Deixe o medo para lá
Mesmo que você nunca tenha feito um fluxo de caixa e não seja muito bom com planilhas, não tema. O importante é tentar ir se familiarizando com o instrumento. “Somente o desconhecido traz medos”, diz o especialista. “O primeiro passo é conhecer o fluxo de caixa, entender o que ele mostra, com que frequência deve ser analisado e quais os benefícios que trará”, destaca.
2. Encontre seu modelo
Isso facilita muito, mas você não precisa seguir um padrão. Pode usar o formato com o qual se sentir confortável e atualizar com a frequência ideal para o seu negócio. O importante é não deixar de fazer.
“Não importa se foi feito em sistema, planilha eletrônica ou papel, mas tem de fazer e manter atualizado”, diz o especialista.
3. Analise o presente e o passado
Como já dissemos, de nada adianta ter os números registrados se você não usar a planilha para tirar conclusões e tomar decisões de negócio.
E consultando e atualizando todos os dias esse documento você poderá reagir mais rápido a oscilações não esperadas nos gastos e receitas. “É fundamental preencher, mas também analisar” diz o consultor.
4. Planeje-se para o futuro
O fluxo de caixa não é somente para registrar os números passados, mas também para estimar como vão ser os próximos dias e meses. Por isso, o especialista da Blue Numbers recomenda ter um fluxo de caixa que mostre as entradas e saídas esperadas para, pelo menos, 60 ou 90 dias.
Assim, você poderá negociar com fornecedores para pagar suas faturas nas melhores datas, planejar melhor suas retiradas de pró-labore e pagamento de salários de funcionários e evitar dívidas e empréstimos.
Colocando seus custos no papel, o empreendedor
Alcyr Neto, dono do Empório do Lazer, descobriu que podia economizar 1 mil reais por mês. Quer saber como? Confira essa história na íntegra no nosso e-book sobre Finanças e Meio de Pagamento. Baixe já, gratuitamente.