Junho - Finanças e meios de pagamento

3 erros nas finanças que podem levar seu e-commerce ao fracasso!

Mais de 400 mil empresas de pequeno e médio portes fecharam as portas no Brasil em 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro do Planejamento Tributário. Os motivos são diversos, mas entre as causas de mortalidade de quem está começando está a falta de controle e planejamento financeiro.
 
O cenário é comum: o empreendedor abre sua loja cheio de vontade de fazer acontecer, mas com pouca experiência e conhecimento.
 
 
O resultado são erros que podem colocar em risco não só o futuro do negócio como a saúde financeira da sua família.
 
E o pior: muitas vezes, ele nem desconfia de que está cometendo esses erros e prejudicando sua loja. 
 
Para ajudá-lo a escapar dessa estatística, levantamos com o Márcio Iavelberg, sócio da Blue Numbers, consultoria de finanças para pequenas e médias empresas e especialista do Impulso Digital, os principais erros que os empreendedores cometem na administração financeira de um e-commerce. Vamos a eles?
 

Falta de planejamento e estratégia

 
Tem gente que pensa que a grande vitória do empreendedor é abrir uma loja e colocar os produtos para vender. Mas não é bem por aí. 
 
Antes de começar, é preciso um planejamento muito bem estruturado para conhecer o mercado e os concorrentes, descobrir mais sobre o público e definir qual a melhor forma de se comunicar com ele.
 
E não para por aí. Mesmo se o seu plano de negócio demonstrar um cenário favorável para inaugurar sua loja, é preciso ter estratégias para lidar com as adversidades que podem aparecer.
 
Entre os principais pontos desse planejamento está a previsão de custos e receitas. Como você vai manter a loja funcionando até ela dar lucro? Onde vai buscar dinheiro, se precisar aumentar o estoque? Quanto vai precisar faturar e lucrar para poder viver exclusivamente do negócio? Tudo isso tem de ser calculado na ponta do lápis. “Sem um plano claro e eficiente, as chances de fracasso são grandes”, diz Iavelberg.
 

Falta de boas ferramentas financeiras

 
É comum empreendedores terem certa resistência ao uso de planilhas, programas e outros instrumentos financeiros que envolvam números e cálculos.
 
Talvez você seja um deles, totalmente engajado com a parte comercial do negócio, com dom para persuasão e ótima visão de futuro, mas com verdadeiro trauma de planilhas.
 
Mas as ferramentas financeiras – como o fluxo de caixa e o demonstrativo de resultados (DRE) −, são importantíssimas para saber exatamente como anda seu negócio, quanto ele rende, quanto está sendo gasto e para onde está indo esse dinheiro. Elas também são aliadas na hora de cortar despesas, como o Alcyr Neto, dono do Empório do Lazer, descobriu com a ajuda dos consultores do Impulso Digital:
 
 
Outra planilha que pode ajudar muito no dia a dia é a da Curva ABC. Ela mostra quais são os produtos que estão contribuindo mais para sua empresa. Ou seja, por meio dela você descobre quais itens precisam de mais atenção e quais você poderia tirar do seu mix de produtos. 
 
“Pelo menos uma vez por mês, analise bem o fechamento para descobrir quais são os melhores produtos do estoque. A partir daí, dá para decidir em quais vale a pena investir mais, incentivando a venda com marketing ou melhor comissionamento dos funcionários”, Iavelberg sugere.
 

Erro no cálculo de custos e precificação

 
A falta de disciplina para tabelar todas as informações financeiras acaba também prejudicando o processo de precificação. Sem saber todos os custos reais do negócio, fica complicado definir o preço correto e garantir uma margem de lucro saudável. 
 
Às vezes, o lojista até acha que sabe tudo o que gasta para vender, mas pode estar caindo em uma armadilha se não observar e planilhar tudo direitinho, ainda mais quando se fala de loja virtual. 
 
O Neto, por exemplo, não estava colocando o custo da equipe que trabalha atendendo os pedidos que chegam pela internet na planilha de gastos do Empório do Lazer online, nem o valor que ele pagava em Google Adwords para fazer publicidade da loja. Esses fatores, que acabavam ficando “perdidos” na hora de definir os preços, prejudicavam sua visão do rendimento da loja. 
 
Outro erro que pode resultar da falta de controles precisos sobre os custos é o desequilíbrio no caixa. “Empresas quebram por falta de capital de giro. Quando vendem mais, elas passam a ter mais boletos para pagar, mais fornecedores, mais taxas de cartão de crédito, mais marketing”, explica o consultor. 
 
Quando o dinheiro não entra a tempo, seja por questões de sazonalidade ou prazos de recuperação dos recebíveis, a loja acaba pedindo dinheiro emprestado para os bancos, se envolvendo em dívidas e aí, já viu. É ladeira abaixo. Por isso tenha em mente: aumentar o faturamento significa aumentar os custos. Se você não está preparado para comprar mais, não vai estar pronto para vender mais.
 
Agora que já conhece os principais erros, que tal saber o que dá certo quando o assunto é Finanças e Meios de Pagamento? Baixe o nosso e-book gratuito e descubra já.