Junho - Finanças e meios de pagamento

Blue Numbers: dicas para aprender a controlar o fluxo de caixa

Pilotar um avião sem instrumentos de navegação, velejar em alto-mar sem uma bússola, dirigir por uma estrada desconhecida sem mapa ou GPS. Assim é administrar uma empresa sem acompanhar o fluxo de caixa.
 
Mas se poucos se arriscariam a entrar em furadas como as descritas acima, muitos empreendedores cometem o erro de não cuidar do fluxo de caixa.
 
 
Apesar de ser extremamente importante para a gestão financeira de uma empresa, a tarefa não agrada muito, pois demanda muita dedicação e disciplina. Por isso, acaba sendo deixada de lado, algumas vezes, ou feita sem a devida atenção. 
 

O que é o fluxo de caixa e como ele pode me ajudar

 
Para entender a importância desse instrumento financeiro, vamos começar pela definição. O fluxo de caixa é um controle, geralmente, feito em planilha ou software financeiro para contabilizar todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa.
 
 “É uma das principais ferramentas financeiras que uma empresa precisa utilizar para entender como é o ciclo de pagamentos e recebimentos”, explica Márcio Iavelberg, sócio da Blue Numbers, consultoria de finanças para pequenas e médias empresas e especialista do Impulso Digital. 
 
Segundo Iavelberg, além de registrar o que entra e sai do caixa, é preciso entender o fluxo de caixa para usá-lo em seu favor. Isso significa saber interpretar os números que estão ali e perceber que eles representam uma situação real que está acontecendo na sua empresa. 
 
“Os números revelam se tem algum período durante a semana, mês ou ano em que a empresa passará aperto de caixa ou se terá sobra e poderá se beneficiar com investimentos, compra de produtos em maior quantidade para obter descontos”, exemplifica o consultor.
 

Os segredos do fluxo de caixa perfeito

 
Convencido de que o fluxo de caixa é o melhor amigo do seu negócio? Então vamos ver as dicas que o Márcio separou para você caprichar na planilha e obter os melhores resultados.
 

1. Deixe o medo para lá

 
Mesmo que você nunca tenha feito um fluxo de caixa e não seja muito bom com planilhas, não tema. O importante é tentar ir se familiarizando com o instrumento. “Somente o desconhecido traz medos”, diz o especialista. “O primeiro passo é conhecer o fluxo de caixa, entender o que ele mostra, com que frequência deve ser analisado e quais os benefícios que trará”, destaca.
 

2. Encontre seu modelo 

 
Para quem está começando, o ideal é procurar uma planilha pronta, fácil de preencher e visualizar (não se preocupe, nós temos uma prontinha para você). 
 
Isso facilita muito, mas você não precisa seguir um padrão. Pode usar o formato com o qual se sentir confortável e atualizar com a frequência ideal para o seu negócio. O importante é não deixar de fazer. 
 
“Não importa se foi feito em sistema, planilha eletrônica ou papel, mas tem de fazer e manter atualizado”, diz o especialista.
 

3. Analise o presente e o passado

 
Como já dissemos, de nada adianta ter os números registrados se você não usar a planilha para tirar conclusões e tomar decisões de negócio.
 
Olhando para o histórico, você poderá identificar melhor datas que são críticas para o negócio – por exemplo, qual é o dia do mês em que sempre falta dinheiro para pagar as despesas, ou qual o mês em que o faturamento sobe e sobra dinheiro para fazer investimentos. 
 
E consultando e atualizando todos os dias esse documento você poderá reagir mais rápido a oscilações não esperadas nos gastos e receitas. “É fundamental preencher, mas também analisar” diz o consultor. 
 

4. Planeje-se para o futuro

 
O fluxo de caixa não é somente para registrar os números passados, mas também para estimar como vão ser os próximos dias e meses. Por isso, o especialista da Blue Numbers recomenda ter um fluxo de caixa que mostre as entradas e saídas esperadas para, pelo menos, 60 ou 90 dias.
 
Assim, você poderá negociar com fornecedores para pagar suas faturas nas melhores datas, planejar melhor suas retiradas de pró-labore e pagamento de salários de funcionários e evitar dívidas e empréstimos.  
 
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