Janeiro - Balanço e métricas

5 dicas do Sebrae para se planejar melhor para 2016

Muito se engana quem pensa que só é preciso planejar antes de abrir um negócio. O planejamento é uma constante nas grandes empresas e é o que garante que ações de sucesso aconteçam todos os dias.

O ato de planejar envolve pesquisar, pensar nas estratégias, calcular riscos e definir qual será o próximo passo para alcançar um objetivo e, justamente por isso, é extremamente importante em todos os momentos de um empreendimento, esteja ele no início da operação ou há décadas no mercado.

Convidamos o especialista Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae-SP que participou do episódio do Impulso Digital deste mês, para dar algumas dicas de planejamento para você.

Planeje para corrigir

“É interessante ter um plano geral do que é sua empresa, qual sua visão e seus valores”, explica Fabiano. “Faça um estudo de mercado, análise de tendências, ou seja, da sua concorrência e daquilo que é seu mercado em si.”

De acordo com o consultor, fazer esse estudo ajuda a identificar o que precisa ser corrigido no seu negócio e a se organizar.

Analisando o seu negócio internamente, você poderá descobrir, por exemplo, que consegue otimizar o tempo de um funcionário ou obter bons resultados no marketing direcionando melhor suas campanhas.

O mercado costuma seguir algumas tendências, e é importante estar por dentro do que acontece no seu setor para saber das novidades, parcerias e do surgimento de novas empresas.

Acompanhando seus concorrentes, você terá algumas ideias do que pode melhorar em sua própria loja, seja por ver que algo que eles estão fazendo está dando certo, seja por identificar que o que falta na operação deles pode ser implantado na sua, como um atendimento por chat ou uma boa política de trocas.

Tempo é dinheiro – e custa caro

Calcular bem os custos é essencial para definir bem seus preços e não ter prejuízo, mas, muitas vezes, esquecemos que nem todo custo é dinheiro saindo do caixa. Fabiano dá o exemplo: “Se você vai remanejar um funcionário de departamento, é preciso calcular a hora de trabalho dele, para que você não coloque um profissional mais caro em uma tarefa que poderia ser desempenhada por um estagiário ou aprendiz”.

Um funcionário realocado também deve levar algum tempo para aprender a nova função, e esse é um período em que ele, provavelmente, vai produzir menos. Por causa disso, nunca se esqueça de prestar muita atenção na rotina da sua operação e de procurar todos os custos dela, mesmo que sejam indiretos.

Tenha metas, métricas e indicadores para a equipe

Metas, métricas e indicadores. É fácil pensar nesses termos quando falamos de faturamento e lucratividade, mas esses conceitos devem ser aplicados também na sua equipe, segundo o consultor do Sebrae.

Por exemplo, um funcionário do atendimento pode ter como indicador o número de reclamações, que é uma métrica fácil de ser calculada. Implantando esse sistema, você consegue tanto avaliar o desempenho dos seus profissionais quanto descobrir a importância de algumas atitudes suas na experiência do consumidor.

“Em uma loja física nós poderíamos falar, também, da limpeza e da organização. Se as pessoas estão perguntando muito em que gôndola ou em que prateleira está determinado produto, isso também é uma falta de organização”, disse Fabiano.

Delegue e confie

Claro que sua presença e seu trabalho são muito importantes dentro do seu negócio, mas você deve garantir que nem tudo dependa de você e que sua operação funcione bem mesmo que não esteja na empresa. E, para isso, é preciso delegar tarefas.

Ao dar poderes a outras pessoas, você consegue focar melhor em outros problemas que requerem maior atenção e deixar certos assuntos, sobre os quais você pode não ter tanto domínio, nas mãos de alguém que tenha mais conhecimento que você.

“O importante, sempre, dentro de uma gestão de pessoas, é que você coloque pessoas de confiança, mas que também saiba delegar”, afirma Fabiano. Ele ainda ressalta que é bom que você saiba muito bem a que tipo de dados cada funcionário tem acesso, ainda que sejam profissionais nos quais você confia.

Veja a crise como oportunidade

“Não podemos ficar focados na crise, focados no problema, mas utilizar a crise como uma oportunidade. E oportunidade, muitas vezes, quer dizer inovação.” Fabiano explica: “Acredito que a inovação, nesse caso, seja no atendimento, na forma de entrega, na exposição em marketing ou na busca de novos produtos para a empresa”, sugere.

Em vez de usar a crise financeira para justificar problemas na sua empresa, use essas dificuldades para desenvolver aspectos que precisem de melhora e adaptação. Afinal, se não houver problemas, como vamos encontrar soluções?

Quer ver mais dicas do Fabiano? Ele está no episódio deste mês do Impulso Digital ajudando o Neto a metrificar melhor e a planejar o ano do Empório do Lazer.